É gente!

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Em agosto lançou nos cinemas o filme Bacurau. Assisti em Novembro e confesso que fiquei impactado. Bacurau é um daqueles filmes que ressignifica a produção cinematográfica do país. Apresenta um retrato do Nordeste sem o romantismo trivial de Lisbela e o Prisioneiro, ou com o foco em um sofrimento perene (como tantos que já vimos) ou na comédia do jeito “nordestino de ser”, tipo o Auto da Compadecida (meu filme preferido ever). Bacurau se mostra uma crítica social, sem trejeitos, jargões ou padrões visuais.

A história se passa em uma cidadezinha do sertão brasileiro, onde os moradores descobrem que a comunidade não aparece mais no mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade. Falando inglês, sem qualquer relação com o lugar. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa, Domingas, Acácio, Plínio, Lunga e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

Dirigido pelos pernambucanos Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, Bacurau vem arrematando diversos prêmios, incluindo o de Melhor Filme, no Festival de Munique. Com uma narrativa surpreendente, efeitos especiais e atuações magníficas (inclusive de moradores da própria cidadezinha onde foi filmado), o filme nos faz perceber diversos protagonistas durante toda a trama e falas que ficarão para a história do nosso cinema. Como esta (alerta de spoiler):

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Inspirada nessa passagem, veio a ideia de estamparmos essa mensagem em forma de camisa. Uma citação que diz MUITO e que nos faz relembrar de que, antes de qualquer rótulo, classe social, profissão, país, orientação sexual, credo, todo mundo É GENTE.

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Peça aqui a sua camisa!

Para quem ainda não viu o filme e ficou curioso(a), ele já está disponível para alugar no Youtube, por R$9,90. Veja o trailer, assista o filme e depois conta pra gente o que achou! 😉

Escrito por: Zé Pimenta – Co-fundador da Euzaria.

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