O papel do consumidor na economia
Estamos vivendo o começo de uma era de repensar o consumo. E neste início, vemos muitas pessoas usarem os termo consumo consciente e responsável se referindo a não comprar por impulso, a comprar menos, e gastar menos também. Adotando esses princípios para uma vida que preza pela praticidade e diz não ao desperdício.
Mas comprar consciente e de forma responsável vai muito além. É compreender que nós, como consumidores, temos um papel fundamental na vida de outras pessoas também, desde a cadeia de produção. Que as nossas escolhas geram impactos, positivos ou negativos, e podem gerar transformação! Afinal, somos nós que criamos a demanda para a indústria e assim direcionamos algumas de suas escolhas e ações.
É claro que mudar hábitos de consumo para consumir menos nos dias de hoje, é um grande passo, e isso reflete principalmente em questões ambientais. Mas não é o suficiente. Porque no quesito “gastar menos” nem sempre significa comprar com consciência. O preço final de um produto normalmente está ligado ao seu custo de produção, e você deve desconfiar de peças muito baratas. Provavelmente, nesse processo, alguém saiu perdendo para que a empresa pudesse lucrar por ter um preço “competitivo”. E quem acaba pagando essa conta, paga com condições de trabalho desumanas, fazendo o achado não valer a todo custo.
E somos responsáveis por isso! Porque como consumidores, somos também financiadores das práticas que as empresas que nos relacionamos adota. A lógica é simples. Quando trocamos um valor monetário por um produto ou serviço, estamos colaborando com a sua permanência no mercado e dizendo para a empresa: olha, estamos com você!
O que significa, que, se passamos a dar preferência à empresas conscientes, que se preocupam com as condições de trabalho das pessoas envolvidas (desde a produção da matéria prima), buscam soluções sustentáveis para o desenvolvimento e descarte de seus produtos, estamos financiando transformação! Incentivando que todo o mercado seja assim, porque estaremos dizendo para as outras empresas que se elas não estiverem de acordo com os nossos valores, vão ficar para trás. E por isso, seremos responsáveis também.
Talvez seja difícil olhar para uma roupa na vitrine e imaginar tudo que existe por trás dela. Mas exercitar esse olhar e procurar conhecer o propósito da empresa, é escolher em cada compra viver num mundo melhor, com um cenário econômico equilibrado e menos desigualdade. Pode demorar um pouco. E você pode pensar que a sua compra não vai fazer muita diferença, mas a mudança para aquilo que desejamos deve começar por nós, e a gente chega lá!
Post muito esclarecedor! Ferramentas como essa nos ajudam a entender o nosso papel na economia e responsabilidade por um mundo mais justo e melhor de se viver em harmonia, onde prevaleça a relação ganha-ganha. Importante também despertar essa consciência desde cedo junto às crianças para termos futuros profissionais movimentando novas práticas com toda a criatividade e avanços tecnológicos que possam surgir para apoiar ainda mais nesse sentido.
Posso compartilhar um caso que ouvi do proprietário de uma fazenda de exportação de uva e manga?! Perguntei a diretor de determina fazenda instalada no Velho Chico se a dosagem do uso de agrotóxico era determinado pelo poder público. Na ocasião fui esclarecida sobre condutas distintas entre os EUA e a Europa. No caso da Europa quem determina o limite de agrotóxicos nos alimentos é a organização civil, o povo! Aí entra o exemplo que devemos seguir. Então, vamos lá. O Greenpeace coletou uma amostra de frutas, verduras e legumes de redes de supermercado distintas e publicou o resultado. No dia seguinte, aqueles mercados que não selecionavam adequadamente seus fornecedores quase fecharam as portas até comunicarem as providências tomadas a partir de então. Hoje toda rede de supermercado possui seu laboratório de avaliação do nível de agrotóxico. E os fornecedores que não de adequarem ao TAC – Termos de Ajuste de Conduta, perde toda a credibilidade, seja do seu cliente direto, a rede de supermercado, seja dos seus clientes indiretos, o consumidores conscientes. Se ligue! E Seg On Line de forma socialmente responsável: http://www.seg-online-rse.com – Esse canal é o movimento que respondo enquanto especialista na área. Saudações fraterna, Bia Casali