Rede Asta: bom, bonito e do bem

A cidade maravilhosa nos trouxe mais motivos pra sorrir além da oficina de arte com as crianças do Jardim Gramacho. Lá pudemos revisitar a loja da Rede Asta. Uma empresa do setor B que também vai muito além do lucro, gerando valor compartilhado através de produtos sustentáveis e empoderando mulheres em situação de baixa renda. Afinal, são elas que produzem cada objeto que chega ao consumidor final.

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A Rede Asta começou sua história em 2005. Influenciada por “uma aventura socialmente responsável” pela Ásia para catalogar e compartilhar iniciativas do bem, Alice Freitas convidou Rachel Schettino para fazer parte de um negócio social e juntas partiram para conhecer feiras e artesãs, onde tiveram a oportunidade de oferecer uma oficina de jogos americanos feitos de jornal para 30 mulheres numa cooperativa de catadores em Campo Grande.

Dessa iniciativa nasceu o primeiro grupo produtivo: Mãos Brasil, e que tiveram todas as suas peças vendidas na GIFT Fair – a maior feira de decoração da América Latina. Em 2006, abriram um quiosque num shopping da zona sul do Rio e  receberam a primeira encomenda de brindes corporativos. O projeto tinha caminho, gerou renda para os grupos produtivos mas não para as sócias, que mesmo sem dinheiro para pagar a conta de luz se viram comprando cosméticos em um catálogos de vendas. E então veio o estalo. Era isso!

Rosane, Rachel e Alice

O projeto tomou nova forma. Mudou o nome Instituto Realice para Rede Asta, recebeu apoio financeiro da Fundação Avina e estava prestes a receber em sua equipe Rosane Rosa, especialista em varejo, para profissionalizar o catálogo e definir o perfil das vendedoras: mulheres apaixonadas pelas histórias por trás de cada produto. E assim nasceu a primeira rede de venda direta de produtos artesanais do Brasil, que logo abriu um showroom em São Paulo, loja online e duas lojas no Rio, em Laranjeiras e Ipanema – essa aqui:

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Aqui não vendemos produtos.
Vemos histórias de vida e de transformação:
de resíduos, pessoas e comunidades.

Mas como o lema da Rede Asta diz, e a gente assina embaixo, não basta ser socialmente responsável, precisa ser bonito também. E beleza, tem de sobra! É perceptível todo o cuidado estético com cada produto, desenvolvidos com orientação de designers que pensam junto com os grupos de artesãos o aproveitamento de insumos, funcionalidade e acabamento. E assim, são desenvolvidas lindas almofadas, bolsas, cadernos, acessórios, itens de decoração e outros criativos.

Além disso, os grupos precisam atender alguns critérios quanto a qualidade dos produtos e seu potencial de mercado; capacidade de produção mínima de 200 peças por mês; não agredir o meio ambiente nesse processo, estar em um local de baixo poder aquisitivo e 60% do grupo ser formado por mulheres.

Mulheres do grupo produtivo Pontos e Pespontos.

Porque junto à missão de contribuir para diminuir a desigualdade social, está a de empoderar mulheres, oferecendo condições para que elas sejam independentes através de suas habilidades, reconhecendo seu valor e capacidade de fazer com as próprias mãos, a própria história. E já são mais de 900 artesãs reunidas em 60 grupos.

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Um sonho com propósito que hoje é realidade na vida de mais de 3.000 pessoas, por acreditar no consumo como uma ferramenta de inclusão social e econômica, com produtos encantadores, exclusivos para quem compra e inclusivo para quem faz.

One thought on “Rede Asta: bom, bonito e do bem”

  1. Acho uma ideia muito nobre,interessante e dignificante para essas pessoas talentosas que se tornam esqueciadas e muitas vezes desvalorizadas profissionalmente e como pessoas.
    Acredito que este resgate está no propósito do projeto da Euzaria, que é de humanizar, valorizar e fazer valer os valores de quem os tem e merecem.
    Respeito, dignidade e valorização e hamanização são virtudes e direitos de todos. Tenho certeza que EUZARIA surgiu para conscientizar e mostrar essa verdade ao MUNDO.
    Fazer o proximo útil é sentir-se util.
    Parabês Euzaria vocês sempre surpreendendo.

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